sábado, 1 de fevereiro de 2014

Sobre o "Beijo Gay" e as relações homoafetivas.

“Abra sua mente , gay também é gente”  – Mamonas Assassinas



Antes de qualquer coisa, quero dizer que sou um crítico ao imperialismo e a forma como a Rede Globo de Televisão manobra os noticiários televisivos que são de seu interesse econômico. Mas, diante do famoso “Beijo Gay” televisionado para toda a nação ontem à noite e, a forma como tem sido discutido aquele episódio, quero deixar minha opinião.

Pois bem, preliminarmente, gostaria de dizer que a sexualidade integra a própria condição do ser humano, constituindo-se como um direito fundamental que o este carrega desde o dia de seu nascimento e, como direito de cada individuo, ela (sexualidade) configura-se como direito IMPRESCINDÍVEL e INALIENÁVEL. O ser humano (eu, você, seu vizinho, seu desafeto, seu namorado (a) etc...), só pelo fato de existir e ter vida, já é totalmente titular de direitos, direitos esses que lhe pertence, sem a mínima necessidade de o estado para defini-los, há, somente a necessidade de tutela-los, garantindo assim, a paz social.

O direito contemporâneo assegura princípios os quais devem ser conhecidos e observados por todos os cidadãos, destaco três, a saber, o da Igualdade, o da Liberdade e o da Dignidade da Pessoa humana, estes que são, sobretudo, sustentáculos do Estado Democrático de Direito.

Isto posto, sem nenhuma perspectiva de ver essas relações homoafetivas de forma preconceituosa, tendo em vista, a esta configuração familiar contemporânea, devemos entender as uniões homossexuais como fatos lícitos que devem ser respeitados e, relativos à vida privada individual de cada um, devendo cada um de nós (alheios), respeitarmos a diversidade, fomentarmos a tolerância e, acima de tudo buscarmos a eliminação do preconceito e da discriminação, seja ela qual for.

Mas a mais, com todo respeito a pessoas tem seu pensamento formado em convicções religiosas ou em culturas locais e, tradicionais, precisamos entender que a pessoa homossexual não pode ser vista como de segunda categoria, vista que a opção ou condição sexual do cidadão não diminui direitos e, muito menos, a sua dignidade como pessoa humana, sendo que ser homossexual é direito inerente a própria personalidade do indivíduo.

Por fim, parafraseando Maria Berenice Dias: “Ninguém pode realizar-se como ser humano se não tiver assegurado o respeito ao exercício da sexualidade, conceito que compreende a liberdade sexual e a liberdade da livre orientação sexual. O direito ao tratamento igualitário independe da tendência sexual. A sexualidade é um elemento integrante da própria natureza humana e abrange a sua dignidade. Todo ser humano tem o direito de exigir respeito ao livre exercício da sexualidade. Sem liberdade sexual, o indivíduo não se realiza, tal como ocorre quando lhe falta qualquer outro direito fundamental”. Então, viva a pluralidade, viva à diferença e viva o respeito.

Bem disse Rousseau: "Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de preconceitos". Paz e Luz.

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