“Abra sua mente , gay
também é gente” – Mamonas Assassinas
Antes
de qualquer coisa, quero dizer que sou um crítico ao imperialismo e a forma
como a Rede Globo de Televisão manobra os noticiários televisivos que são de
seu interesse econômico. Mas, diante do famoso “Beijo Gay” televisionado para
toda a nação ontem à noite e, a forma como tem sido discutido aquele episódio,
quero deixar minha opinião.
Pois
bem, preliminarmente, gostaria de dizer que a sexualidade integra a própria
condição do ser humano, constituindo-se como um direito fundamental que o este
carrega desde o dia de seu nascimento e, como direito de cada individuo, ela
(sexualidade) configura-se como direito IMPRESCINDÍVEL e INALIENÁVEL. O ser
humano (eu, você, seu vizinho, seu desafeto, seu namorado (a) etc...), só pelo fato
de existir e ter vida, já é totalmente titular de direitos, direitos esses que
lhe pertence, sem a mínima necessidade de o estado para defini-los, há, somente
a necessidade de tutela-los, garantindo assim, a paz social.
O
direito contemporâneo assegura princípios os quais devem ser conhecidos e
observados por todos os cidadãos, destaco três, a saber, o da Igualdade, o da Liberdade
e o da Dignidade da Pessoa humana, estes que são, sobretudo, sustentáculos do Estado
Democrático de Direito.
Isto
posto, sem nenhuma perspectiva de ver essas relações homoafetivas de forma
preconceituosa, tendo em vista, a esta configuração familiar contemporânea,
devemos entender as uniões homossexuais como fatos lícitos que devem ser
respeitados e, relativos à vida privada individual de cada um, devendo cada um
de nós (alheios), respeitarmos a diversidade, fomentarmos a tolerância e, acima
de tudo buscarmos a eliminação do preconceito e da discriminação, seja ela qual
for.
Mas
a mais, com todo respeito a pessoas tem seu pensamento formado em convicções
religiosas ou em culturas locais e, tradicionais, precisamos entender que a
pessoa homossexual não pode ser vista como de segunda categoria, vista que a opção
ou condição sexual do cidadão não diminui direitos e, muito menos, a sua dignidade
como pessoa humana, sendo que ser homossexual é direito inerente a própria
personalidade do indivíduo.
Por
fim, parafraseando Maria Berenice Dias: “Ninguém
pode realizar-se como ser humano se não tiver assegurado o respeito ao exercício
da sexualidade, conceito que compreende a liberdade sexual e a liberdade da
livre orientação sexual. O direito ao tratamento igualitário independe da
tendência sexual. A sexualidade é um elemento integrante da própria natureza
humana e abrange a sua dignidade. Todo ser humano tem o direito de exigir
respeito ao livre exercício da sexualidade. Sem liberdade sexual, o indivíduo
não se realiza, tal como ocorre quando lhe falta qualquer outro direito
fundamental”. Então, viva a pluralidade, viva à diferença e viva o
respeito.
Bem
disse Rousseau: "Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de
preconceitos". Paz e Luz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário